segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Mulher... Mulher...

Bom, pensei eu ficar sem postar aqui até a volta das minhas férias, mas estava despercebido de que existe uma data neste período e eu não posso deixar passar de forma alguma sem minhas palavras expor. O dia 8 de março é preenchido pelo Dia Internacional da Mulher, originado no início do século XX, na Europa e nos Estados Unidos, a data marca as manifestações femininas por melhores condições de trabalho e direito de voto. Data adotada pelas Nações Unidas, em 1975, lembrando as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres como as discriminações e as violências a que muitas mulheres ainda estão sujeitas em todo o mundo. Hoje o Dia da Mulher mais é usado para fins comerciais, perdendo parcialmente o significado original.
Mas deixamos a história um pouco de lado e falamos das mulheres, loiras, morenas, ruivas, brancas, negras amarelas, gordinhas, magrinhas, altas baixas. Cada uma com sua forma, cada uma com sua cor, com seu estilo, com seu charme e com seu dom. Mulheres, não há como viver sem, nossa vida nos dá início dentro de um ser tão perfeito desses, a natureza é mesmo inexplicável. De duas células acabam surgindo pessoas, até parece inacreditável, mas é o que nos trouxe até aqui.
Não sou nenhum expert em mulheres, mas na minha vida, tive mulheres inesquecíveis, por me fazer bem, e por me fazer mal. Muitas vezes chorei por mulheres, nossa, isso é verdade, até pensei agora, que burro fui. Mas não me arrependo, chorei algumas vezes de alegria porque amava de verdade e era amado, e por gostar das coisas simples da vida. Simples motivos ou motivos muito complexos fizeram isso acabar. Também tive alguns casos que chorei por sofrer por alguma mulher, acreditem, perdi meu tempo durante anos sofrendo por uma pessoa que hoje tenho que agradecer por isso tudo. Obrigado, mas muito obrigado mesmo, nesse tempo todo aprendi, e aprendi muito, aprendi a dar valor aos meus sentimentos, a dar valor a mim mesmo, a dar valor à vida e aprendi a amar quem me faz bem, quem vale a pena.
Imagino que um dia alguma mulher vai fazer minha vida mudar, um dia encontro a tão sonhada e esperada mulher, mas até que ela não chegar, vou esperar e esperar, procurar, não procuro mais, já procurei e cansei, agora como falam por aí, estou cuidando do jardim, para que as borboletas venham até mim.
Mulheres que me tiram do sério, que me trazem a ter pensamentos do inconsciente, me deixam às vezes delirando, são perfeitas, de corpo, se alma, de pensamentos e atitudes, mas calma um dia eu chego perto dessas mulheres da televisão e vejo que isso tudo é mentira. Apenas ilusão aos pobres seres enigmáticos dos pensamentos vazios, de quem procura alguém.
MULHER, nada de sexo frágil como era etiquetada tempos atrás, hoje mulheres valentes mostram que homens são detalhes para elas, quantos exemplos pode-se citar de mulheres que mostraram que não é sexo frágil. É por vezes de pessoas mais fortes e valentes, que hoje trabalham como advogadas, médicas, administradoras, motoristas, até na política estão, e com um grande destaque, lembrando que tempo atrás tiveram que fazer revoluções para conseguir direito ao voto. Temos hoje até presidentas de países, espero eu não ter meu país comandado por uma mulher, nada de machismo nesta opinião, mas, mais pela situação da situação que se vive.
“...mulher de corpo moreno, sarado, gostoso, da cor do pecado, me deixa maluco, me deixa pirado...” Ai essas mulheres, o mal necessário! Portanto a todas às minhas mulheres:
Feliz Dia Internacional da Mulher!

Mulher...

aquele ser de diamante
não o frágil...
aquele forte e brilhante
não o fraco...
aquele que emociona
não o que chora...
aquele que ama
não o que engana...
aquele que faz feliz
não o que entristece...
aquele que contamos sempre
não o que nos abandona...
aquele que cuida e dá carinho
não o que larga pelo caminho...
aquele que me faz feliz
não o que finge...
aquele que comanda
não o que perde o vigor....
aquele ser pelo qual sou grato à tudo
não ao que me fez sofrer...
aquele que eu ADORO
não o que não me agrada mais...
aquele o qual não é hoje o dia
mas sim TODOS os dias...
uma flor àquele que nos faz feliz...
parabéns mulher pelos seus dias
não o hoje, mas sim os 365 do ano.
[André Luís Rech!]

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Arte de viajar... Férias... Folga... Até logo...

A arte de viajar e ficar longe da rotina, de ver todos os dias todas as mesmas pessoas, as mesmas caras, os mesmos prédios, casas, as mesmas árvores, as mesmas pedras da rua, só mudam algumas que a correnteza das águas da chuva leva, mas daqui para lá, logo à frente. Ficar “longe do mundo”. Deixar o amor, o carinho, o aconchego de uma casa, ou da família, dar umas férias para os amigos, e procurar uma nova aventura, sem ter hora para acordar, para dormir, nem se preocupar com o relógio, desligar o celular, esquecer que depois por mais 365 dias teremos as mesmas coisas a ver, por vezes o mesmo inferno passar ou pelo mesmo amor sofrer.
Voar alto bem pertinho do céu, dentro dele, ou rodar horas e horas pelo chão, ouvindo uma canção que me lembra de tudo na vida. Caminhar como o sol, girando em torno da Terra, ficar flutuando pelo espaço, sonhando em algo novo encontrar, em pessoas diferentes. Viver uma semana longe de casa, fazendo o tempo não passar e ficar dias sem achar que sonhos são besteira.
E que maravilha seria ver agora o sol beijando o mar, que leva à areia a alegria do frescor do calor. Imaginando ser uma semente flutuando no rancor das ondas, na loucura sensata que é o piano tocado pelas mãos insanas de um louco invisível, que ninguém vê o porquê torna tão ferros o agito das águas, e chegar para germinar uma plantinha de esperança lá na encosta daquele morro. Lá pelas tantas, mais revoltoso ainda vem ele, pousando sobre sua brisa no fim da tarde, como pousa o sol por trás das nuvens ao se pôr. E deixando tudo escuro e perdido no meio da inundação de uma lagoa que não tem fim.
Nessa hora é que o frio me toca e que sinto falta dos seus braços para me abraçar e de seus lábios para me aquecer. Acabo vendo que tudo não se passou mais uma vez de um sonho, em uma tarde de domingo, chuvoso, sem saber o que fazer, e nem ter o que fazer na verdade, aqui sentado na minha frente do computador, esperando as horas passar para deitar, dormir e continuar a sonhar, desta vez, claro pelo menos dormindo.
Venham férias, estou pronto, e já que com o fim da tarde “você” não vem, venham vocês férias, que aproveitarei sim, e bastante. Viajando eu vou, longe daqui eu estou, portanto aqui podes ficar lendo, mas novos só em março, quando mesmo? Quando o meio do mês chegar, antes folga, férias, e já como disse no Carnaval, Feliz Ano Novo, pois agora começa o ano, para vocês, eu estou em férias. “Vivo e Tim informam, esta pessoa está fora da área de cobertura ou desligada, tente mais tarde, ou mandem mensagem. Obrigado!” (rsrsrs)
Vou ‘Peliando’

Sou alegre e sou triste
Canto hoje porque amanhã não sei
Caminho pelo vento e vivo deixo a morte nesta
Nado pelo mar, morto e deixo o título de rei.
Grito pelas águas que quero voar
E pelos ventos cochicho que quero nadar
O eco responde: Vai caminhar
Se quiser nadar ou voar tem que 'peliar'
Peleia então, pois comece!
Deixo no caminho o coração
E no pensamento da querência a prece
De minha querida mãe que vive na oração
A me esperar, pois estou a voar.
Nadar,
Caminhar ou
'Peliar'.
Na 'peleia' vou como potro sem dono
No vôo livre como pássaro sem bando
No caminhar como um bicho de sono
E no nadar como chefe no comando.
[André Luís Rech!]

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Carnaval, origem... Atualidade...

O Carnaval surgiu na Idade Média, criado pela igreja Católica, na implantação da Semana Santa, onde antecedia os quarenta dias de jejum antes da Páscoa, a chamada Quaresma, e é comemorado nos três dias que antecedem a quarta-feira de Cinzas. O período era marcado pelo "adeus à carne" ou "carne vale" dando assim, origem ao termo "Carnaval". E hoje Carnaval é quase visto que exclusivamente como o “consumo da carne”, o “consumo dos prazeres da carne”, não pela religião, claro, mas sim pela situação. Naquela época, não diferente de agora, durante o período do Carnaval havia uma grande concentração de festejos populares, o que no Brasil acaba sendo excessivo, e vem logo após o período de festividades de final de ano, seguido das férias, em fim, como se diz no popular, o ano começa depois do Carnaval, então, Feliz Ano Novo. (rsrsrs)
Carnaval pelo Brasil, criatividade é o que não falta nas grandes cidades, nem nas pequenas, mas vamos ao exemplo das grandes, o Rio de Janeiro, milhões e milhões são gastos com fantasias e desfiles, que consomem a mídia nacional no período, bebedeiras, festas, barulho, sexo, pessoas sem se importar com a situação que vivem, podem até passar fome, mas a festa de Carnaval não perdem. Outros apaixonados pelas bandeiras das grandes escolas de samba dedicam-se o ano inteiro, e vivem disso. Salvador na Bahia, trio elétrico, festa, bagunça, shows, e toda aquela festa bacana.
Assim o Brasil se consagra, inclusive entrando no Guinnes Book em 2005, com o Carnaval de Salvador, sendo a maior festa de rua do mundo. E ainda Recife, em Pernambuco, que possuí o maior bloco de carnaval do mundo, o Galo da Madrugada.
Agora então é a nossa hora, já que é “festa de fim de ano”, vamos aproveitar, e fazer nossa festa, nossa bagunça, vamos juntar nosso bloco e cair na gandaia, mas claro com responsabilidade, se beber, não vamos dirigir, se fizermos “baguncinha”, só com camisinha, cuidado com a desidratação, vamos nos alimentar bem, beber 'também' bastante água, com o sol, cuidado com o câncer de pele, vamos usar protetor solar, na água não vamos nos afogar, e agora, 'simbóra', vamos para a festa!

Carnaval


Ouve o samba
O pandeiro, a cuíca
A festa, a fantasia
A bagunça, a folia
Olha pra rua, na avenida
O carro passando
O som tocando
A festa rolando
A paixão solta no ar
Vamos lá, é festa, é magia
É laiá, laiá
Vamos aproveitar, bagunçar
Zuar, no laiá, laiá
No le le le iê
Mas vamos nos cuidar
Proteger, sem exagerar
Ficar, mas ir de vagar
Proteja o coração
Da paixão de uma curtição
Laiá, le le le iê.
[André Luís Rech!]

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Planos, sim eu posso...

Há alguns dias ando um tanto triste, parece que alguém roubou de dentro de mim a alegria que existe, por vezes o destino parece ter mudado tudo, tudo o que procuro, mas não acho, continuo não achando, e procurando. Escuto as vezes que alguém chama meu nome, mas ninguém me chama. Sinto saudade de tudo e de nada, não sei o que sinto, se sinto. Por vezes procuro as coisas pela rua, tudo procuro, literalmente até a vida, que some em dias estranhos.
Confusão anda meu pensamento, cansado anda meu coração, triste minha paixão. Parece que nem vou conseguir viver, mas não é só o que quero, um novo amor, é também o que eu quero. Não quero viver só na solidão, digo que é bom estar solteiro, sozinho, disponível no mercado como falo, mas as vezes bate aquela vontade de ter ao meu lado uma luz que se acende, e mostra o tamanho da importância da minha vida, que anda um tanto apagada.
Lembro do passado, das oportunidades perdidas, de tudo o que vivi, e com quem vivi. Aguardo as vezes palavras exatas para poder falar de mim, mas também falo as vezes de mim sem importância. Falo como se fosse de qualquer um, sem importar o que estou falando. Isso tudo me acontece, por ter parado um pouco e lembrado de você.
Lembro também que as vezes reclamo do que não tenho, mas não vejo tudo o que tenho. Imagino se não tivesse o que comer como muitos não tem, as vezes reclamo que não tinha água para tomar banho, e quem não tem nem chuveiro, quando falta luz, reclamamos de que não dá para ver televisão, nem para trabalhar no computador, e quem nem conhece a energia elétrica. Reclamo que não gosto da roupa que tenho, e quem não tem roupa para usar. Reclamamos às vezes por ficar um dia sem celular, ou sem créditos no celular, e quem fica anos sem conseguir comunicar a família de que estão vivos. Reclamo de tudo um pouco, de todas as coisas, e coisas todas.
Mal agradecido, sim, e não, pois tenho o que tenho, mas gostaria de ter mais, ninguém nunca está contente com o que tem, sempre quer ir além, sempre quer ter mais. É bom pararmos e pensarmos onde estamos, o que temos e o que queremos ter, ou o que sonhamos em ter, nos dedicar e alcançar nossos objetivos, realizar nossos sonhos. O que me deixa menos intrigado, é que não sou o único que assim pensa, você também pensa, que eu sei, e quem diz que não pensa assim, mente.

Meus Planos

Nem sempre estive do seu lado
Mas somos bem adultos para tentarmos
Abro meus olhos e vejo tudo certo
Fecho eles e vejo mais certo ainda
Tenho que tentar, perder o medo.
Sem dinheiro eu posso até viver
Mas sem você eu não sei
Tenho que decidir-me
E parar de confundir-me
Sentir o que sinto, explodir as grades e libertar.
Esse medo que prende meu coração
E deixa tudo tão confuso
Essa confusão faz perder o sono, chorar...
Certas coisas que não fiz me tiram o sono
Ou me confortam por não ter feito
Não sei ainda a solução para meus planos
Mas sei que já a tenho dentro de mim...
E consegui, realizei um sonho.
Agora farei do dia noite
E da noite dia
Tudo ficará perfeito
Fui julgado antes
Mas julgarão depois também
Deram-me a chance de mostrar que posso
E mostrarei que EU POSSO!
[André Luís Rech!]

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Para onde iremos... Como superar... No que nos transformamos...

Falar um pouco sobre o luto, algo que não nos escapamos, mais dia, menos dia ele bate em nossa porta. Uma das mais difíceis compreensões da vida, se é que se pode compreender algo tão absurdo. A morte, trás o luto, o luto trás o fim. Compreender a morte é algo muito complicado, se é que alguém consegue compreender, eu até hoje não consegui, não cheguei a uma conclusão, se a morte é o fim de um ciclo, se a morte é a continuação da trajetória em outro corpo, em outra parte do planeta, completamente diferente do que encontramos aqui. Ainda se é apenas o início do reconhecimento das ações feitas aqui quando ainda um coração palpitava no peito. Sim, porque muitas e muitas pessoas têm suas ações reconhecidas apenas quando morrem, pois, quando vivas, eram ignoradas, ou não reconhecidas, muitas nem agradecidas eram.
Outro absurdo é quando uma pessoa morre e os familiares fazem todas aquelas homenagens, mensagens de que era uma grande pessoa, que era o melhor pai, a melhor mãe, melhor isso, melhor aqui, melhor aquele outro. Mas quando em vida era o carrasco, o traste, o cara que só incomodava, que só perturbava, o chato, o burro, e blá, blá, blá.
Tive grandes baques em minha vida já com a perda de entes queridos, felizmente, se é que se pode dizer assim, não foram familiares, mas é como se fossem, um grande amigo, um irmão, o melhor dos amigos que tive, Pitchy, partiu tão cedo, que nem tempo deu de por em prática todos os planos que tínhamos, nem deu tempo de viver a vida que tinha. Henrique, grande parceiro também, tudo foi tão rápido, tão corrido que a morte o levou tão depressa, deixando interrompidos diversos sonhos. Citando apenas dois, mas posso dizer que a morte já me levou dezenas de grandes amigos, conhecidos, e que de todos, não tivemos tempo de nos despedir. Uma situação que marca muito nossa vida, a perda de alguém, a dor do luto, o martírio que é ter que deixar um amigo ser enterrado em um túmulo de tijolos gelados, que quando o sol bate esquenta, e a chuva refresca. Lembro que um tempo em que passe por depressão, depois da perda de um desses grandes amigos, nas semanas seguintes que ele havia partido, eu não conseguia comer nada, lembro que quando me sentava à mesa, olhava para a comida e pensava comigo mesmo, “porque eu tenho que comer, se ele não está aqui para comer também”, e assim deixava lá a comida e não comia nada. Lembro também que na semana seguinte ao enterro, fizeram alguns dias de chuva e de temperaturas um tanto amenas, não era frio, mas quando chovia eu chorava, desesperando pensando que, “ele estava lá embaixo da chuva, e está passando frio, eu preciso tirar ele de lá”, e assim ficava desesperado.
Eu não conseguia perceber que a minha vida estava continuando, que a vida dele havia sido interrompida, ou continuado em outro lugar, não sei, mas que a minha estava ainda presente, as estruturas, um tanto quanto abaladas, mas estavam ainda aqui. E foi assim, levando a vida desta maneira, que com a ajuda de grandes pessoas, grande amigos que conquistei nesse tempo, consegui superar, e depois de três anos entender a partida de uma pessoa para onde quer que ela vá.
Confesso, que precisei passar por esses grande baques, para me tornar a pessoa que sou hoje, muito mais sensível, compreensiva, mais forte até diria. Parece que contradiz, mas ser sensível e ser forte, andam lado a lado, tão junto que por vezes nem se consegue perceber.
O luto é a mistura da dor, com a nossa crença, da religiosidade, indiferente de ser católico, ou qualquer outra religião. Que fere nosso coração, abrindo brechas de saudade em nossos sentimentos, nos deixando um pouco desacreditados da vida, e nos faz pensar que a realidade não existe mais.
Uma coisa apenas continua martelando na minha cabeça e que me pergunto de quando em quando, para onde vão as pessoas depois que morrem? Céu? Inferno? Para onde? Não sei, eu não consigo descobrir. E ninguém até hoje conseguiu voltar para contar.

"[LUTO!] Quando um Grande AMIGO é levado pela Morte, nos Enlutecemos para o resto da Eternidade..."
[André Luís Rech!]

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Existe o fim de tudo... Não, não existe não... Ou existe sim...

Quando podemos dizer que tudo acabou? Sabe-se lá, me responde um amigo dia desses que estávamos conversando sobre a vida, coisa que faço com freqüência, com alguns amigos, e amigas, alguns pessoalmente, outros via MSN, ou telefone, também por e-mail. Mas conversando, não chegamos à conclusão de que as coisas nunca acabam, ou sim acabam, ficamos entre a cruz e a espada, entre pular para a direita ou para a esquerda do muro. Será que as coisas acabam mesmo para sempre? Ou será que as coisas não acabam para sempre? Elas acabam?
Quando as coisas chegam ao fim, pode ser quando nossas narinas estejam sufocadas, de tanta poluição, ou quando nossos olhos enchem-se de lágrimas, quando as aves partem, ou quando a noite chega, quando silencia o anoitecer, quando é o fim? Existe o fim?
As coisas jamais acabam. Situações sim acabam, mas o que aconteceu e passou, nunca acaba, sempre vai ficar, para sempre vamos lembrar, nunca deixaremos no esquecimento, por mais que quisermos, nada vai sumir da história, das nossas vidas, ou dos livros. Mesmo que deixemos naquele menor cantinho do cérebro, ou nas grandes partes confusas da vida, mais dia, menos dia, vamos nos deparar com a lembrança do acontecido. Sempre vamos ter algo para lembrar e contar, podes ter certeza.
Quando nossos sonhos terminam, quando tudo silencia, isso se pode dizer que é o fim, mas o fim de um sonho, que não saiu de nosso inconsciente, ou da nossa mente, que não sai de dentro da nossa cabeça, apenas ficou conosco, a não ser que contemos para alguém, e mesmo assim, ninguém vai imaginar da mesma maneira que nós imaginamos, porque comparamos ao momento em que ouvimos uma voz de uma pessoa por telefone, sem que a conheçamos, imaginamos ela de tal maneira, seu amigo, pode imaginar ela de outra maneira, e quando nos encontrarmos, você a vê totalmente diferente do que imaginou, e seu amigo também. Podemos imaginar que o céu é doce, podemos nos sentir mergulhando numa nuvem, e que esta seja feita de algodão doce. Mas isso fica só na nossa plena mente, porque nunca conseguiremos fazer uma maluques dessas. Seria sim, um momento singular em nossa vida, ficaria para sempre na história, sim. Seria tão bom, imaginem, uma nuvem colorida, de um mundo livre que nos deixa inventar o que quiséssemos viver, numa calmaria, mergulhar, ou numa melodia confusa das ruas de uma grande cidade, cair, e acordar do sonho.

No Fim Da Tarde


Imagino agora essa tarde
Com essas nuvens na minha frente
Ou sobre minha cabeça
Nem sei, confusão.
Sei que atrás dela ainda está o sol
Que me olha, como eu o olho, será?
Ele sabe de tudo, tudo o que fiz
Do meu passado, do meu destino
Resistindo tentado te encontrar
Mergulhando nesse mundo de pensamentos
E, confesso, de lembranças
Acabo até por te ver pulando nas nuvens
E eu ao seu lado, junto a pular
Rimos nessa hora
Brincamos nesse momento
Beijamo-nos, estamos felizes
Vivemos uma paixão
Paixão essa que não existe
Que me faz riscar da memória
Antes de uma despedida
Ou mesmo até de um olá.
Mais um fim de tarde veio
E você com ele não veio
Tudo bem, talvez não fosse o momento, ainda
Mas um dia essa hora chega
E aqui, com meus pensamentos insólitos
Estarei, pensando, e sonhando
Até a hora chegar.
[André Luís Rech!]

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Nem tudo são flores, mas nem tudo são dores...

As flores de nosso jardim são belas, são doces, são musicais. Ou são descoloridas, amargas, mudas. Quem planta as flores do nosso jardim somos nós mesmos, com nossas atitudes, pensamentos, e jeito de ver e viver a vida. Se em um relacionamento estamos seguros, não precisamos ter outras pessoas para nos relacionar, claro, não falo de amigos, amigas, família. Sim, cito amigos e amigas, pois muitos homens têm as melhores amigas mulheres, e mulheres que seus melhores amigos são homens. Se você realmente gosta de alguém, não tem motivo para estar com outro (a), traindo quem está gostando verdadeiramente de você, quem poderá estar se iludindo com um alguém que parece ser o que não é. Existem pessoas que são exatamente grandes conquistadores, parecem ser as pessoas mais românticas e sérias do mundo, mas ao fundo não valem o que comem. Juram amor, prometem ser um par ideal, ser o melhor namorado (a), ilude os parceiros com fidelidade, fazem acreditar em palavras doces, mas ao saírem, e ao prometer que estão, ou irão se comportar, já cruza os dedos, ou nem mais isso fazem, prometem já pensando quem será que vão “pegar” quando distante do ‘verdadeiro amor’. Como vão fazer para que não descubram a traição. Se por acaso está lendo isso e se identifica, muito bem, pode usar o chapéu, você não vale nada. Eu confesso aqui, tive um caso com alguém que era comprometida, foi bom, sim foi, me arrependo? Não, ela não era feliz com quem vivia, acho que por isso ela me procurou, e por isso não me arrependo, não continuei com ela depois, mas pelo menos fiz ela ver que as flores que plantava em seu jardim não era as mais belas, as mais perfumadas, e sim flores de uma vida triste, de um velório. Hoje, depois de um tempo encontro ela, com uma nova pessoa, e feliz, está bem, e muito bem. Torço pela melhor felicidade para o futuro dessa pessoa.
Minhas atitudes, podem não ser aprovadas por outras pessoas, mas da minha vida quem cuida sou eu, e não estou aqui cuidando da sua, apenas estou dando uma dica, e se eu quiser saber se estou certo ou errado, com o que faço, e quero a opinião de alguém, vou perguntar a quem me convém, qual flores planto em meu jardim? Pois se eu faço o que faço e posso não estar certo, tudo bem, quem deita na cama e dorme com a consciência tranqüila, sou eu. Se você faz tudo errado e não e se preocupa, problema é seu, não é meu, mas um dia o coração que está sendo iludindo e machucando, vai perceber e vai sentir sim. Quem sabe destruindo todo seu jardim, e até conseguir plantar flores novas, para que fique bonito, vai longe, os anos passam rápido, mas o tempo demora para curar uma dor que atinge profundamente o sentimento de um coração.
Pensa no que eu escrevi agora, se está com alguém, não faça esse alguém sofrer, não traia, não deixe cheio de esperanças um coração que pode estar realmente gostando do seu, e não apenas curtindo e aproveitando, para poder dizer depois, que foi mais uma, ou mais um em sua lista. Pense!

“...depois de algum tempo, aprendi as lições, e isso incluí você...” [Nei Van Soria]

Flores

Nas cordas de um violão
As notas soam com emoção
Florão como jardins na imensidão de um deserto
Surgem da areia, seca, e quente do sol.
Ou das mãos de um artista
Que harmonicamente faz a canção,
Tomar conta do coração
Que torna a emoção em lágrimas
Que cortam o rosto
Como corta á água que sobrevive no deserto
E tornam ambos em dor e solidão.
[André Luís Rech!]

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Da tradição, da emoção, às palavras...

Um tempo em que se vive por viver, ou se espera a morte chegar, um tempo que se aproveita a vida, ou outro tempo que nem tanto assim se aproveita, temos passado dias e dias trabalhando, "correndo atrás da máquina", como se diz, vivendo um ano em segundos, ou fazendo valer a vida em segundos.
Mesmo assim certos dias sobra um tempinho para mantermos a tradição, vinda lá nos antigos, e que se torna além de tradição um vício. Qual é o preço de no final de uma tarde, tomar uma boa cuia do mate amargo, das raízes desse povo, guerreiro, e que não se entrega tão fácil?
Bom Chimarrão!


O Chimarrão não é uma bebida
Porem entra pela boca
Mas como tradição
No Rio Grande do Sul e países costeiros
Não se toma Chimarrão para matar a sede
E sim para manter a tradição
Dos nativos, considerado o mais antigo costume gaudério.
Legado de Guaranis, adotado por espanhóis e jesuítas.
O Chimarrão te faz conversar com amigos
Ou te faz pensar ao matear solito
É feito da nativa erva mate
Encontrada no sul do Brasil e norte da Argentina
De costume, oferece ao amigo um bom mate.
Seja no calor do verão
Ou no frio do inverno ao lado do fogão
Desta terra de gaúcho
Que toma conta do mundo
Tradição sem distinção
Mateado por ricos e pobres
Homens e mulheres, colorados ou gremistas.
Mateando juntos, jovens e velhos
Maduros e imaturos
Sem entreveiros, pelos chimangos e maragatos
Sem levar a discussão por pais e filhos
Para um pai quando seu piazito
Começa a chupar um bom mate
Seu coração de alegria parece sair do corpo
E quando passam alguns anos
Tomando o tal do mate morno para as crianças
E solito bota a chaleira no fogo
Descobrindo que tem alma e sangue de gaudério
Esquenta a água e toma seu mate amargo
É para o pai o dia em que seu filho em homem se transforma
Estejamos no Rio Grande do Sul ou no Brasil
Não falta um mate no amanhecer, ou ao entardecer.
Com inflação, com fome, com os militares ou com a democracia.
Com pestes e maldições
Mantemos as tradições
Não falta na vida uma erva para matear
Sentimos felicidade no momento em que o piazito
Tomas por necessidade tomar um mate todo dia
Todos têm uma revolução por dentro
Seja do amor pela Terra
Ou do medo da veracidade do que é bom
O Chimarrão é o respeito pelos tempos
É a demonstração dos valores
É a solidariedade, a igualdade.
De lavar a erva ao matear esperando o assado
Que a chama prepara no fogo de chão
É o companheirismo neste momento
A sensibilidade da água quase fervendo
Que também aquecida pela chama foi
É a modéstia de cevar o melhor mate
A hospitalidade do convite e da amizade
A justiça de matear um por um.
A obrigação de ao menos uma vez ao dia dizer
Obrigado!
É uma atitude ética, franca e leal.
De encontrar-se para compartilhar.
Compartilhe então com seus amigos
Com sua família
Não mate a tradição
Não perca a oportunidade
E lembre-se das palavras ditas pelo grande João Chagas Leite, e escritas por Silvio Genro, na canção, “Seiva de Vida e Paz”, onde diz: “... que se os senhores da guerra mateassem ao pé do fogo, deixando o ódio para trás, antes de lavar a erva, o mundo estaria em PAZ...”

[André Luís Rech!]