quarta-feira, 24 de março de 2010

Foi um prazer ter te conhecido...

Chegou o fim do mundo! Muitas pessoas podem não acreditar, ou mesmo dar risada disso, mesmo sem perceber que o fim do mundo chegou, e não é brincadeira, ele está acontecendo e ninguém está vendo.

Não venho falando apenas de mudanças climáticas, aquecimento global, desmatamentos, poluição de rios e lagos, que o tempo hoje já nos deixa saindo de casa para o trabalho indecisos, se levamos casaco, guarda chuva, óculos de sol, bote, ou o kit completo. O fim do mundo está muito mais próximo de nós e não estamos pensando/vendo, ou fingimos em não ver. O mundo além de estar acabando está se perdendo, pois estamos deixando tudo o que há de bom escorrer por entre os dedos.

Quantas pessoas estão morrendo por ações irresponsáveis de outras pessoas, quantos acidentes causados por pessoas embriagadas acontecem no mundo por dia, quantas pessoas se drogam todos os dias, uma epidemia de drogados se expande pelo mundo a fora, e só aumenta dia a dia.

Pessoas fazem mal só por fazer, parecem gostar da desgraça dos outros, de ver pessoas perdendo tudo, sofrendo, morrendo. É só acompanhar os noticiários, e ficamos espantados com o que está acontecendo, ou com o que as pessoas estão fazendo. É impossível até hoje para eu acreditar que uma enfermeira dava morfina para bebes recém nascidos, para que parassem de chorar, ou para sei lá o que. É impossível admitir que uma pessoa dessas continue a solta pelo mundo, ainda mais alegando fazer isso pelo fato de não ter conseguido ser médica, apenas enfermeira.

Ouve-se histórias dos mais antigos contando como era em sua época, do respeito que tinham os jovens com seus pais, com seus avós, com as pessoas mais velhas em geral. Das surras que levavam, às vezes por tão pouco, por responder alguma coisa, por não obedecer na hora que eram solicitados. Hoje dar um tapinha em um filho pode levar à cadeia e a perda da guarda. Seria por esse motivo que os jovens de hoje estão tão assim, nem sei como explicar, mas assim tão impossíveis, tão largados, vulneráveis às drogas, alcoolismo, à pedofilia, prostituição, à própria preguiça?

Me contava uma professora dia desses em um momento de conversa, que solicitou um trabalho às turmas de uma escola de ensino médio, e devido a pequena quantidade de livros existentes na cidade, acabou que deu um prazo maior para uma das turmas, e terminado esse prazo, chegou o dia de entregar o trabalho, um dos alunos chegou a professora e disse que não teve tempo de ler o livro e de fazer o trabalho para entregar. A professora disse que não era problema dela se ele não tinha tempo, fora do horário escolar, se ele tinha cursinho pré-vestibular, academia, isso e aquilo, o que ele tinha que fazer era entregar o trabalho, e se não entregasse, não tinha como dar nota, pois nada tinha em mãos para avaliar. Esse aluno, portanto indignado com a reação da professora, foi para casa, falou para seus pais e como já havia dito à professora, seus pais foram à escola conversar com a diretora, pois além do filho não ter feito o trabalho, a razão era dele, não da professora.

Em que mundo vivemos? O que os pais estão pensando com isso, o que estão querendo? É impossível de acreditar que os pais de um aluno façam uma coisa dessas. O mundo se acaba por aí, isso é o fim do mundo.

O mundo está acabando com os jovens de hoje, pois em meu tempo não funcionava assim, e isso que a diferença do meu tempo que digo é de apenas cinco anos. É trágico ver isso, no meu tempo de estudante, os alunos se puxavam para fazer tudo, eram interessados, gostavam de tudo que era novidade, participavam das aulas.

Um exemplo claro disso é a Miniempresa, projeto onde alunos aprendem a formar uma empresa, produzir, vender, e fazer o fechamento dela, onde ocupam uma noite da semana, das 19h às 22h 30min, durante 15 semanas. Participei como aluno em 2004, quando estava no segundo ano do Ensino Médio, em 2008 e 2009, fui um dos professores da Miniempresa, mas me espanto da falta de interesse e vontade que esses alunos tem. Alegam não ter tempo, morar longe, não podem por isso e por aquilo. Mas pergunto, como tem tempo para ficar até 1h da madrugada conversando com amigos ou até com desconhecidos na internet? É longe morar há duas quadras da escola onde acontecem os encontros da Miniempresa?

Uma questão a ser avaliada é se a revolução tecnológica que nos é oferecida hoje, veio para o bem ou para o mal. MSN, orkut, e-mail, facebook, twitter, celular, notebook, gente o mundo moderno é interessante, mas também preocupante.

Também me pergunto às vezes como os jovens vão se interessar pelas coisas se o exemplo dado pelos nossos políticos são os piores possíveis. Na verdade acredito que políticos nunca foram exemplo de honestidade, exemplo de nada bom, nada útil. Conheço pouco sobre política, tenho conhecimento de alguns pequenos fatos políticos acontecidos no município em que moro, o que me deixa com nojo de tudo isso e me faz deixar de sonhar em ser um dia um grande político. Essa sujeira não me pertence.

Imaginem por um momento as crianças de hoje ligando a televisão e além de desenhos violentos, de briga, de guerra, de lutas, idiotices que fazem sucesso, verem os políticos guardando dinheiro na cueca e nas meias, para o futuro deles vão pensar no mesmo, ainda mais com os pais que não se preocupam com o que os filhos estão assistindo, com o que estão aprendendo, e o pior, mandando as crianças para a escola onde pensam que tem que ser além de ensinados, educados.

Acordem, educação se dá em casa! Pais, pensem o que está acontecendo com os jovens, tenham uma atitude, mudem e não deixem o mundo se acabar desta maneira. E quem não é pai ou mãe ainda, pense muito bem antes de ser, pois se não forem tomadas atitudes agora, não vale a pena ter um filho, trazê-lo ao mundo para o qual está se acabando, evitem o sofrimento deles e dos que aqui ainda tentam fazer as coisas valer a pena.

Foi um prazer ter te conhecido e feito parte da sua história, o fim do mundo chegou, mas não é tarde para tentar mudar isso.

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