Eu vivi, senti tanta vontade de
beijar uma boca, abraçar um abraço e permitir um toque mais ousado. E em cada
olhar guardar um momento, de um livro que esta escrito, mas que ninguém vê, ninguém
consegue ler. Até hoje ver que o lápis faz nascer de novo o som dos seus lábios
querendo a minha boca tocar, sendo que às vezes chego a sentir que seu coração arde
de querer.
Em cada olhar sem ter a noção de
um jeito seu mostrar de como requere viver o gelo que queima seu sentimento e
angustia em uma música sem sentido que toca naquela hora. Mas uma música cheia
de sentidos e sentimentos. O ponto de equilíbrio para dar um basta e quando se
dorme antes de chegar e dizer tchau ao amor que não se torna carinho. Torna-se
ainda um sentimento que se quer cala, querendo que o seu amor, aquele que esta
dentro de você vá embora e se torne de alguém, de dentro do peito de alguém.
Ainda o que tu queres que eu faca
eu não possa fazer, por mais vontade e desejo que o destino me de. Porque o
destino eu sei que está escrito, lá naquele livro da infância, mas tenho
deixado à vida me mostrar. Não sei viver sem ansiedade, mas sei viver sem ter
algumas coisas, a gente aprende com a vida viver sem algumas emoções. Viver sem
ter explicação só deixando o amor bater, e viver sem repartir o piscar de um
olho que quer o silêncio de um olho qualquer, que analisa o sentido do
sofrimento.
Quando talvez ouvires um pedido
para ouvir o nada, ouça o tudo! E se perca pelo mar como um barco perde o rumo,
mesmo que por lá passe todas as vezes que quiser. Um dia quem sabe a tradução de
um nada chegue, saltando dos olhos e muito pouco tempo a luz nos falte,
deixando tudo mudo, sem som. E logo talvez tu vai colecionar um par de coisas
estranhas, cadarços de um velho tênis, embalagem de um chocolate que ganhou, ou
ainda fotografias erradas de momentos felizes, ou infelizes.
Momentos errados, mas que queríamos
permanecer para sempre. Hoje somos nós mesmos que vamos decidir nossas vidas,
nada de viver o que os outros querem para nos, e hora da sociedade entender que
a vida de cada um pertence a si mesmo. Basta de cuidar de tudo o que não importa,
de cuidar de um pássaro se ele esta na mão, no ar, no ninho ou no brilho.
E deixe tudo se acalmar,
claramente trazendo calma, amor e ar ao coração. Assim mesmo que a mente se
pegue ausente da paz que há na gente e que ela se esvai, e entra em nossa casa,
deixando a paz sem querer talvez, ela nem te abrace, mas vai estar ali.
Por vezes fica até te acordar com
um abraço e participar de um sonho, sem atrapalhar seus sinais inconscientes
vivendo uma voz preocupada. Pode ainda ser que eu não encha seu rosto com um
sorriso, sem te deixar alegre e deste jeito quando assim estiver não serei eu e
você também não será a mesma pessoa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário