Caia chuva, chuva cai e mostre que um dia o tempo vai passar e vai estar aqui no mesmo lugar, onde te deixei um dia. Porque coisas pequenas, não se transformam em nada.
A água do poço pode secar, e um beijo me toca, molhando com água que não existe, uma pessoa que não existe.
Ou até existe, mas não pode existir.
Reconheço aquele som silencioso, que chora, na profunda noite de luz acessa, mas que nada se enxerga. Vendo ali móveis antigos, abandonados, e quem sabe, de alguém que pode um dia aparecer.
Não existe nada de real entre lábios e lábios, quando cai a ligação, apenas o que fica no ar entre nossos
lábios e ouvidos é o som que quebra o silêncio: tu, tu, tu, tu... Aquilo não há alívio imediato, pois consome a chuva como um delírio, e deixa culpado quem o criou.
Quando ela passa, ela fica ali, deixou seu rasto no tempo, no vento e no cheiro...
Ó chuva, que vem e vai de lá para cá e de cá para lá!

Nenhum comentário:
Postar um comentário