domingo, 16 de setembro de 2012

Sem... Simplesmente sem...


Joguei algumas coisas fora
Passando de bilhetes
Sem luz
Sem lua
Sem sol
Sem estrela
Sem nuvens
Sem você
Sem nada
Talvez seu dia fosse o mesmo
Nada
Sem se quer uma sombra
Sem uma só estrela
Um dia de idas e vindas
De um pobre vagabundo
Que pensa em si
Para encontrar a mudança
De alguém que um dia
Disse sim
E hoje diz não
Que vive em tempo de ver
Ver que às vezes
Nem o vento move
As folhas
Frases
Palavras
Redes
Idas e vindas.
Porque o nada busca o tudo
E tudo se transforma em nada
Deixando tudo com seu cheiro
E nada sem também
Sem seu cheiro
Sem seu olhar
Sem seu abraço
Sem seu beijo
Sem seu tudo
Sem...
Simplesmente sem...

Passam pela vida...


Quando um amor passa
Ele machuca a gente
E também a mente
Coroe a alma e o coração
Deixa a gente pura emoção
Faz quando se vive entre nós
A solidão que é fera
Marcando pela ferida
E deixa o mundo a sós
Em meio a luz que vem
Lá do fundo, de longe.
Bem longe, com o trem.
E embala nossa vida
Como mostram as vindas
E também as idas
De quem marca
E dos que passam
Ainda, falamos dos que viajam.
Simples pela arca
Sem deixar marca.

Nada...


Paro em todos os lados
Longe é meu olhar
Em cada canto
Ligo canto a canto da rua
Procuro seus olhos na lua
Ando de cá para lá
E lá estou para cá
Vejo, paro, respiro.
Droga, não era quem encanto.
Vivo do lado de cima
Debaixo até de ponta cabeça
E nada, nada, nada.
Mas nem uma eu acerto
Dentro de uma rua
Vejo na lua, um expiro
E do expiro, virando em nada!

Virar Pó...


Eu vejo a lua a te derrubar
Das escadas de um sonho
Imaginário em uma mesa de bar
Vivendo quem sabe algo estranho
Eu vejo as águas a te ‘bajular’
Em um lindo campo, a te entender.
Vejo o sonho de te beijar
Em uma mesa de bar
Estranho bar do sonho
Que me persegue a noite inteira
E viaja pela esquina
De um lugar sei lá, qualquer.
Descendo ladeiras
De verdades e mentiras
De sonho enganado que quer
Vivendo em um canto
De prantos, risos e versos.
De festa e vítimas
De certo e incerto
Da vida de quem quer
E da vida que quem tem
Ou ainda da cama
De quem vive em cena
Na mesa de um bar
Ou no sonho, da imaginação.
Com ou sem intenção
De viver ainda a vida, e só.
Com o sonho
Ou a intriga da vida
Que vira pó
Na noite que só!