segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Simplicidade...


Simplicidade, aquilo que de menor existe que toca o coração. Emociona e libera gotas com mínimas partículas salgadas que despencam dos olhos, por vezes até o chão, ou escorrem, rasgando o rosto com o líquido. Chamamos isso de lágrimas, o resultado da emoção, emoção da simplicidade.

Simples assim como o pó que mal se enxerga, e se torna na vida da nova flor.

domingo, 11 de setembro de 2011

Vale a pena... Eu sei...

Eu vejo claramente que o sol nasce todos os dias. Que o calor da luz vem e deixa tudo claro, com a sutileza de orvalho amanhecido do frio da escuridez, beirando a primavera, que colore os momentos da vida. Também sei que acorda todas as manhãs, como se nada tivesse a preocupar, abrindo os olhos e seguindo sem preocupações, ó princesinha.

Claro que o dia e a noite estão algemados, ligados pelos pulsos de seres que migram do claro para o escuro, em questão de segundos, ou de horas. Como a lua que porem mais fraca não deixa de iluminar a noite.

Dias mais claros ou noites mais escuras, nada muda o sentimento que temos nos olhos. Que brilham ao curtir um enlace imaginário que inspiram do quintal ao postal enviado de viagem ali do lado. Mostrando que nem tudo é doce, como a sorte de quem sabe sentir saudade, porque saudade de verdade nada separa, pois só sente quem tem sentimento verdadeiro.

Mesmo tudo às vezes no quintal não passando de uma ilusão, onde converso com a lua e ela descolorida acaba com um temporal de luzes me respondendo questões da vida, passadas de um fim de tarde sem respostas do que aconteceu e passou, marcando forte como fogo em ferro e do que ainda nem passou, mas se sabe o que acontecerá, ou pelo menos se espera saber.

Lembro ainda de caminharmos pelas ruas de outono com folhas secas caídas em terra, beirando o frio do abandono. Mas passando com o vento que as leva, mudando pelas voltas da estrada e pelos ditos da solidão que nos faz rever pensamentos e sentir que um sem outro não se é mais nada.

Sendo estar ao seu lado, deitado ou caminhando, sentado ou apenas respirando, é estranho, parece ser de verdade, mas às vezes parece ser de mentira. Pois desejo todo dia e toda hora sentir mais uma vez aquele gosto do seu beijo, de um amor que eu sei que vale a pena arriscar tudo para viver. Largando tudo ou largando nada. Lembrando de um beijo de despedida que tudo explica o desejo e o mais turvo dos dias que não deram certo, mas que não termina assim, sabendo que o que vivemos em apenas alguns dias, faz lembrar que vale a pena, sem pensar em uma noite, pois precisamos ter um final feliz... Vale a pena, eu sei!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Não Sei o Que é Isso!...

Aqui no silêncio da noite, deixo o vento balançar as folhas que restam nas árvores, e ao ouvir os cães ladrando por tentar intimidar os gatos que gritam. Parece ficar tudo mais claro aqui dentro, mesmo estando mais escuro que eu preciso esconder o que ganho do destino, do sentimento, que não mando. Tenho uma ideia na cabeça que não tem como acontecer, parece fraqueza, mas que seja. Pois me basta! Hoje a alegria é saber que logo ali está.

Acho tão bonito isso, de gostar mas não mostrar, se é possível, claro. Pois dentro do Ser tudo o que acontece é pensando, mas deixa-se subentendido que nada há obrigatoriedade de acontecer, deixa tudo quieto, no sentimento lá dentro do peito, sem pretensões, mesmo sendo uma arte abstrata, imoral e quase, proibida.

Mas lá pelas tantas também na casa onde moro, no quarto em que deito, mas pouco durmo, dá vontade de pegar o telefone, ligar e falar tudo o que de dia passa ou ainda abrir a janela e começar aos gritos. O problema é que ninguém sabe, então a gente inventa. Estando frente ao mar, que leva embora tudo, tudo o que há no pensamento.

Parece que uma luz acende logo a frente dos olhos ,que enfrentam o mau, sentindo o amor, junto ao mar com aquele som que acalma e irrita ao mesmo plano. Paro tudo também, como se estivesse acordando de um sonho e penso, onde andei ou você ainda, por que caminho que andou até chegar aqui.

Você é mesmo aquilo que faltava, se não tudo, uma grande parte, parte daquilo que mostra que a vida é frágil, e que andamos procurando o que está ao nosso lado, e por muitas vezes não enchergamos.

O pior é que vemos tudo isso quando o tempo passou, quando a gota pingou à terra e penetrou, e quando o sol já se pôs. Ai é que metade de nós está suspenso em um balão mágico, um jardim de flores secas e paradisíaco ao mesmo tempo. Um algo estranho no dia que vamos e viemos. Sabe-se lá o que o mundo quer enquanto gira, nem se sabe se é uma música que queremos ouvir, um abraço apertado cheio de carinho, ou a lembrança de um beijo que às vezes acontecera só em sonho. Pelo menos o sonhe lembrava realidade, sendo que acontece também certa confusão mental, de ligarmos o que aconteceu com o que queremos que aconteça.

Ainda não se sabe se é um colírio que queremos para apagar a lembrança dos olhos que ardem do sal das lagrimas derramadas. Derramadas quando o sol ainda abraçava o corpo lá mergulhado na poluição da infame memória sonhadora. Lembrando ainda que a vida é curta, mas que mora na lucidez do tempo que voa, ou na insanidade de quem não vê ele passando.

Mas uma coisa é certa, a cura um dia virá, tarde ou cedo. Ela virá, quando menos se espera, ou de onde ninguém imagina. Ao meio de milhares de modelos, penso onde está agora, sem freio, ao meio de tudo e de nada, nada que espera por tradução.

Tradução para dizer o que é esse nada, ou esse tudo, ou ainda esse quase tudo que sinto, que me faz sumir as palavras, perder o chão, andarilhar pelos movimentos insolidos destas ruas podendo ser também um quase nada. Passo até por um momento sem morar em mim, perdendo as coisas, esquecendo tudo. Tudo para imaginar onde você está agora e o que e faz.

Será que dorme ao silêncio da mesma noite que eu vivo, ou pela porta da frente, no quintal da casa procura as estrelas e ouve a lua sussurrar que o céu ainda pode ser doce. Com velocidade e sombras que nos fazem sonhar com aqueles momentos mais inesquecíveis. Promovendo temporais de estrelas, deixando descabelados os pensamentos, com urgências doces e amargas.

Nossa que viagem paranóica vivi aqui deitado, fora de cena, enquanto o sono não vem. Só te chamando e te pedindo vem! Esperando que me queira, porque eu te quero tão bem.