domingo, 5 de fevereiro de 2012

Foi em Uma Chuva de Verão...

Meu bem, está tarde preciso ir embora, já vou andando, sinto, mas a chuva lá fora esta me mandando, preciso levantar cedo amanhã. Agora já tivemos um ao outro, podemos andar para nossos caminhos. Até pode ser outro dia, mas não vai ser agora, de novo.

Quero só viver nosso presente, hoje, amanhã isso foi passado e só quero lembrar. Que vi flores ao seu lado, que vi o mundo abraçado em meus braços por minutos. Agora vejo apenas que poderia ter esperado mais de ti, e nada acontecido por acaso e repentino. Torcia para dizer não, e levarmos isso por mais tempo, deixando a curiosidade entretendo nosso pensamento malicioso. Agora tudo veio e passou como uma chuva de verão, deixando dois corações desolados, um cá e outro lá.

Mas depois de um tempo, quem sabe possamos entender o que um disse para o outro, que foi pouco, na verdade, muito pouco, poucas palavras foram ditas. Mas depois de algumas horas de sono, consegui entender que nada, talvez, quase nada é por acaso. Só preciso decidir qual é o acaso desse caso.

É? Confusão? Imagina só o que acontece dentro de uma noite, de idas e vindas desta vida sem noção? Imaginou? Respondido, sim, é confusão.

Mas nada que não abale uma relação, amigos, amantes, companheiros ou parceiros de um caso ou acaso. Acaba por ser cômico. Tudo é o que passa em uma noite de verão. De uma chuva de canção, de sonhar em curtir ao vivo um show de versão no rádio.

Ver o amanhecer acontecendo, com a chuva chegando, e o calor brilhando na testa. Vontade de sair correndo pela chuva, e rir da situação à vontade. Estar num local, adulto, onde isso daria para fazer, ninguém perceberia ou veria, se isso desmoronaria de olhos fechados ou abertos. Que tal, vamos? Com a ação sendo a resposta, lá vamos nós.

Acho que um banho de chuva não me acompanhava desde a infância, e com tanta emoção então, desde nunca.

Consegui ver que as vezes fazer coisas loucas e malucas na madrugada, perto do meu mundo vazio, faz sentido, ter visto a cidade lá do alto fez bem para o espírito e a alma, que voaram, longe, bem mais longe que lá. E assim, parando de confundir que um amor, pode valer bem menos do que um ficar por ficar. Que um amor de anos, trás muito menos emoção do que uma noite de ficar por ficar. E me mostro isso, o que é de repente e vazio, vale a pena, mesmo que depois fique só na lembrança de uma loucura vazia, de amanhecer perdido.

Mas aprendendo tudo errado, eu fiz o que não queria, e vi que a felicidade é como a vida, com alegrias e também tristezas, isso tudo, na mesma situação, mas depende do ponto de vista que se vê tudo.

Hoje já tive um poço de vontade de repetir tudo, mas minha sinceridade diz que não vai valer a pena, pois o desconhecido já foi conhecido e o que poderia ser para sempre foi apenas por uma noite, algumas horas. E o que vale tanto a pena na primeira vez, a segunda é só repetição de um sonho sem fim, que se torna sem muita graça.